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Manifestações artísticas: onde começa e onde acaba a cultura brasileira

Escrito por   em 06/09/2022

O Brasil é um misto cultural que tem de Eduardo Kobra a Tarsila do Amaral. De Zeca Baleiro, Ney Matogrosso e o maestro João Carlos Martins ao DJ 900, que canta funk.

 

A palavra cultura frequentemente é usada como sinônimo de erudição e refinamento. Quase um álibi usado por quem rejeita manifestações populares.

 

Discutir onde começa e onde acaba a cultura é o tema da conversa de Leandro Karnal com os convidados no novo episódio de “Universo Karnal”.

 

“Existe uma tendência de parte das elites de só valorizar a alta cultura, e, por outro lado, quando se cria uma nação, é preciso inventar um povo — que é representado por aquilo que é popular”, explicou Ruben Oliven, doutor em ciências sociais pela Universidade de Londres e professor titular do Departamento de Antropologia da UFRGS.

 

Segundo ele, “a cultura brasileira começou a tomar força na década de 1930, quando se cria a ideia da brasilidade. Uma cultura adequada aos trópicos, uma cultura mestiça”.

 

Ney Matogrosso analisa que o momento é diferente. “A música tem uma coisa a favor dela: ela atravessa as pessoas, entra pelos nossos ouvidos e arrebata ou não. Cultura é liberdade, é expressão livre”, disse.

 

Para Vinicius Mariano de Carvalho, doutor em Literatura pela Universidade de Passau (na Alemanha), o cidadão comum, independentemente de sua profissão, é tão responsável, quando um músico ou pintor, pela construção da cultura.

 

“A nossa cultura também é reflexo das diferenças sociais, das diferenças étnicas, dos preconceitos históricos”, avaliou.

 

Para acompanhar a íntegra das entrevistas, assista ao Universo Karnal. O programa é exibido todos os sábados, às 23h, na CNN e nas plataformas digitais.

 

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/


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